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entre-tempos II (2015)
As narrativas flutuantes em ‘entre-tempos II’ valem-se de uma configuração que investiga planos – modos de espacializações, que descentram a percepção do leitor/espectador/visitante pelas mudanças de escala, proporção, direção – para encadear e ordenar outras temporalidades. O contexto da obra revela a dimensão temporal como o elemento chave para estruturar possíveis modos de ação, participação, incorporação, na medida em que a leitura das imagens estáticas revela uma oportunidade de controle por parte do observador, conforme sua disposição e demandas internas, e não mais pelo movimento contínuo e irreversível da projeção.
E para compreender esta operação poética elencam-se a seguir dois atributos estruturais nomeados como ‘imagem-inscrição’ e ‘imagem-diagrama’. A 'imagem-inscrição' gera índices, modulações da realidade enquanto construção perceptiva, numa mistura entre dois acontecimentos afastados geograficamente ou não, em tempos não-cronológicos. A 'imagem-diagrama' formula e conforma ritmo (pattern), a partir de um alinhamento irregular sucessivo de elementos distintos em uma composição não-homogênea – series complementares e justapostas.
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